domingo, 26 de fevereiro de 2012

KIBERNETES - O REMÉDIO PARA IGREJAS DOENTES - A BULA DA EFICÁCIA

Bom, meu intuito era somente de ter nesse blog minhas reflexões, mas como poderia de deixar de reproduzir um texto desse amigo e sábio homem Alberto Couto, que com sua graciosa humildade sempre tem uma palavra para o coração.

ABRAÇO MEU QUERIDO! Estou publicando seu a sua permissão, pois sei que não ficará chateado.

Por Alberto Couto
Estou dando  retoques finais à mensagem em que, respondendo a comentários estranhos de estranhos comentaristas, comparo os males do ANONIMATO com o mal da AUTOGLORIFICAÇÃO, para ver dos males o que é pior. Por lá estarei falando sobre poltronaria, pusilanimidade, presunção, "vã-gloria", vaidade e sobre o orgulho, aquele pecaminoso,odiado pelo Eterno, como de praxe, sem deturpar a Verdade única que é a Palavra de Deus.  Pedi ao Gleison, meu abençoado e eficiente colaborador para republicar o meu primeiro artigo neste meu humilde espaço.
Ele data de julho de 2010
Mudei umas coisinhas do seu  conteúdo em razão dos dias piores (já foram maus) que estamos vivendo. 
Vejam como ficou

KIBERNETES - O REMÉDIO PARA IGREJAS DOENTES - A BULA DA EFICÁCIA - (REPRODUÇÃO)


Por Alberto Couto Filho

Se quisermos obter um diagnóstico preciso acerca da saúde de uma igreja, devemos nos basear na efetividade da sua liderança ou, ainda, na presença ou ausência da unção do Espírito Santo nas ações efetivas de seus líderes.

É sintomático: Se a eficácia da liderança é resultado da adoção de práticas que ensejam notório crescimento, a igreja é (está) inteiramente saudável (exceção para as que professam a teologia da prosperidade – vide Bula: Indicações/Contra-indicações) caso contrário, a ineficiência, sintoma indicativo do mal, do estado mórbido do corpo de Cristo, nos levará a um só diagnóstico: a liderança inexiste.
O que se vê então são tentativas inúteis de combater a ineficiência, para evitar os efeitos danosos da enfermidade, ação totalmente inócua diante do mal da ineficácia.

É preciso combater a causa, a origem da doença, apregoando, ensinando e disseminando a prática da Liderança Servidora Transformacional de Jesus.
Leio em várias narrativas, nas Escrituras Sagradas, sobre a responsabilidade individual dos líderes pela restauração, pelo crescimento e também pela decadência e declínio do que estavam liderando.

Em Neemias, por exemplo, este fato pode ser comprovado, quando o copeiro do Rei Artaxerxes tomou conhecimento do mal, através de Hanani, seu irmão, quando relatada a desolação de Jerusalém, com a derribada dos muros da cidade (Ne 1:3).
O mal, então identificado por Neemias, já como governador, levou-o a orar ao Senhor, encorajando os judeus que haviam retornado do exílio da Babilônia a restabelecer a sua comunidade e arredores.

A Bíblia registra a eficiência de Neemias, quando administrou o conflito criado pela reconstrução dos muros, desde seu início em (Ne 2:9/10) até o clímax do conflito em (Ne 6:1/14) e também assinala a eficácia da sua liderança ao final da restauração dos muros em (Ne 6:15).
Os níveis de sinergia alcançados junto aos que trabalharam na reconstrução dos muros, sob a liderança de Neemias, nomeado governador na terra de Judá, se comparados às ações e reações dos primeiros governadores: Sesbazar (Ed 5:14) e Zorobabel (Ag 1:1) não só corroboram a existência da doença como devem preocupar nossas lideranças atuais, quanto à busca do beneplácito soberano de Deus para erradicar o mal da ineficácia. De fato, não existem grupos ou equipes fracas. Existem sim, líderes fracos (Ne 5:15).

Criei o medicamento genérico “Kibernetes”, para combater o mal e, ao mesmo tempo, consubstanciar todo o meu texto (livro). Ele contém o mesmo fármaco (princípio ativo): Na mesma dosagem; mesma forma; administrado pela mesma via; indicado terapeuticamente como o “de marca e referência” mundiais; apresentando a mesma segurança, a mesma eficácia clínica e a condição de ser o único que pode ser intercambiável com o “de marca e referência”.

A bioequivalência do “Kibernetes” pode ser testada quando o seu uso é associado à oração permanente
Sua ação, composição, propriedades, indicações e efeitos, guardam total similaridade com o medicamento indicado para a cura de todos os males: O “de marca e referência” – O Senhor Jesus Cristo.

Portanto, leia a bula.

A Bula da Eficácia

“KIBERNETES” – (The Transformational Servant Leader)

Informação ao paciente

O “Kibernetes” é derivado da palavra grega “kibernesis” que tem o significado de “liderar”. Ela faz referência ao líder eficaz que sabe onde está; para onde vai e como se safar das ameaças e dificuldades encontradas no seu caminhar.
Ele é um desenvolvedor da capacidade de interagir e integrar pessoas (sem qualquer acepção) num processo de influência, visando o alcance de resultados eficazes, entendidos como comuns por todos os envolvidos no processo; objetivando transformação de vidas, mediante a renovação das mentes (Ef 4:2), (1Co 1:10), (Dt 16:19), (At 10:34), (Ef 6:9), (Mt 7:15), (Rm 12:2), (Fp 3:21), (Jd 3), (Is 51:56), (Lc 1:77), (Sl 96:3), (Mt 28:18,9).

Composição

Caráter e ações, procedimentos, habilidades, estilos e posturas, atitudes necessárias para levar às pessoas que, nas igrejas, participem da liderança:

=>O amor (comportamental/incondicional), o altruísmo (1Co 13:1-8);

=>A obrigatoriedade de “servir” e “sacrificar-se” (Dn 7:14), (Is 52:13), (Is 53:12), (Mt 20:28), (Mc 10:45);

=>A utilização de técnicas destinadas a um relacionamento sinérgico entre as pessoas, visando motivá-las e engajá-las para, juntas, maximizarem a qualidade e otimizarem resultados (1Ts 2:8), (Tt 1:9), (Pv 18:13), (Ec 1:8), (1Co 15:11), (Pv 15:21), (Rm 2:1), (Cl 3:13,15,16), (1Co 12:4-6), (1Co 1:10), (2Sm 24:16), ,(1Co 3:6-9), (2 Jo 9-11), (Mt 28:18,19,20);

=>A aprendizagem apropriada, quanto ao tratamento dispensado às pessoas lideradas, em função de uma situação observada; do nível de desenvolvimento (maturidade espiritual/emocional) e das variáveis de natureza pessoal (necessidades, valores e motivações) de cada uma delas (Rm 12:7), (1Sm 12:23), (Tt 2:7,8), (1Tm 5:1), (Pv 1:1-3), (1Ts 5:14), (Cl 4:6);

=>Habilidades transferíveis, conhecimentos gerais e educação (Pv 1:5);

=>A adoção de postura conselheiral/provedora, ora comportando-se Diretivamente, ora provendo Apoio (exortando) aos liderados (Pv 11:14), (Pv 15:22), (Pv 24:6);

=>A orientação, o treinamento, o aperfeiçoamento, o reconhecimento e o empoderamento (o IDE) (Mc 6:8-11), (1Ts 1:4,5), (Mt 28:18-20);

=>A mentoria, quando apascentadores, guias, conselheiros ou mestres (Mt 5:1-11), (At 2:14-36), (At 3:11-26).

Propriedades

O “Kibernetes”, quando utilizado da forma prescrita, tem as seguintes propriedades (Missão):

A – Levar o líder/paciente a atuar como agente de transformação (mudanças), evitando que haja a manutenção do “status quo”, conhecida inibidora da humildade e causadora do mal da mediocridade e criando uma forte disposição para a aceitação de desafios. A mentoria, um dos componentes da sua fórmula, age em meio aos liderados para vencer adversidades (tribulações); para fornecer direção; para criar algo único e novo; como fomentador de ousadia e intrepidez (Ef 3:16), (Fp 4:13), (Rm 8:31), (Sl 27:5), (Pv 16:9), (Is 42:9), (Ap 21:5);

B – Estimular e motivar o autodesenvolvimento e a participação, ativando a perspectiva de crescimento pessoal e espiritual através da ação desenvolvedora da capacidade das pessoas. O papel do “Kibernetes” nesta propriedade é interessar-se pelos liderados; ouvi-los; acatá-los e acomodar ou satisfazer suas complexas, mas legítimas necessidades humanas, como condição para sua automotivação e para o seu comprometimento (empenho/disposição) em relação às metas e objetivos da obra (Pv 1:5), (Pv 9:9), (Cl 1:10), (Lc 2:52), (Lv 19:18), ( Mt 22:39), Mc 12:31), ( Rm 13:9), (Gl 5:14), (Tg 2:8), (1Ts 2:17-20), (2Pe 3:14);

C – Agregar (integrar) os liderados, levando-os à unidade e à participação voluntária, no exercício do seu papel de catalisador de resultados. Esta propriedade faz com que o medicamento produza efeitos benéficos não só para a igreja, mas para a sociedade como um todo (2Cr 5:2), (Is 45:20), (Lc 15:6), (Ef 4:12,13), (1Co :10), (1Pe 3:8);

D – Identificar liderados não-conformistas genuínos, seguidores que podem lhes encaminhar ao futuro, separando-os dos falsos não-conformistas (o joio) que apenas causam aborrecimentos e nada fazem de útil. Os não-conformistas legítimos (o trigo) são pessoas que se destacam no exercício de suas funções e que não se preocupam apenas com suas próprias idéias, mas com as metas da Igreja e que já exercem alguma influência e têm adeptos, admiradores ou seguidores (1Tm 1:19,20), (2Tm 2:16-18), (Fp 2:20-25);

Informações ao líder/paciente

Aconselha-se que o líder demonstre a pretensão de ser “grande” ou “maior” no desempenho das suas funções, ou seja, que busque a eficiência no relacionamento com as pessoas, além de uma performance irrepreensível ao “servir” e assistir aos outros, provendo-lhes Direção e Apoio.
O medicamento não é recomendado para pessoas que objetivem a primazia, a ostentação do poder, o status de “primeiro” mandatário. Estes podem sofrer conseqüências danosas no contacto/ingestão do produto e apresentarem sintomas de humilhação. A ação esperada do “Kibernetes” é fazer seguidores, reduzindo e até acabando com a tão natural resistência das pessoas às mudanças (Mt 20:26,27), (Mc 10:43,44), (Lc 14:11).

A sua ação aconselhadora identificará necessidades ainda não satisfeitas e atuará decisivamente sobre as disfunções do tipo: moral baixo, murmuração, hostilidade, obstrucionismo, defensividade, inveja, territorialidade e ansiedade crescente, conhecidas reações, típicas do ser humano, quando não ocorre uma adequada gestão da mudança encetada, visando minimizar ou mesmo coibir tais reações. Os componentes do medicamento atuam de modo seletivo quanto às pessoas, oferecendo-lhes tratamentos diferentes, por não ser desconhecido que elas são, conforme o Criador, do mesmo modo, diferentes (Cl 4:5,6), (1Ts 5:14).

O “Kibernetes” estimula e motiva os líderes/pacientes a se preocuparem com o que estão fazendo. Seu uso permanente forja o caráter dos liderados no cadinho do amor ao próximo, tornando-os altruístas, e recompensa-os pelo desempenho superior. O medicamento promove a comemoração pelo progresso e sucesso alcançados fazendo com que haja testemunho das pessoas cujas vidas foram transformadas e leva os líderes a relembrar continuamente a visão de Deus para a igreja. Os líderes/pacientes passam a encorajá-las, destacando o crescimento pessoal de cada uma delas (Rm 15:2), (Pv 3:29), (Cl 3:24), (Mt 16:27), (Fp 2:20-25).

O “Kibernetes” foi desenvolvido com base na ciência de que “nada é tão desigual do que tratamentos iguais para pessoas desiguais”. Desta forma, o efeito único esperado é o sucesso decorrente da eficácia apresentada pelo medicamento

Observação médica, muito importante

Os pacientes devem atentar para a validade do medicamento e para o fato de que o mesmo pode ter seus componentes falsificados. Fora da validade e com componentes falsos, são observáveis: a ausência de “unção”, de habilidades, de competência, de empenho e de disposição. Além disso, aos sintomas citados a seguir, nas Indicações, aliam-se prepotência (uso coercitivo do poder) e vaidade. Dessa forma, a eficácia do medicamento estará seriamente comprometida. Neste caso sugerimos um providencial e mais íntimo contacto com o Médico dos médicos (Jr 23:1-4), (Ez 34: 1-10), (Mt 7:15), (2Tm 2:14), (Tt 1:10-16), (2Pe 2:1).

Indicações/Contra-indicações

a)                  No tratamento da ineficácia

Este medicamento é indicado no combate ao uso abusivo do poder de posição; à apostasia; às doutrinas heréticas; à falta de autoridade legítima; ao individualismo; à egolatria; ao egocentrismo; à arrogância; às lideranças não desenvolvidas; ao esgotamento espiritual; à incapacidade de gestão; ao desestímulo à criatividade, à inovação (mudar, pra que?); a desmotivação; ao espírito rotineiro; ao conformismo e à mediocridade satisfeita.

O “Kibernetes” é contra-indicado para líderes meramente posicionais, com sintomas de acomodação crônica, conformismo natural, passividade obtusa, aversão a feed-back negativo, ganância e males semelhantes, que já passaram, sem resultado, por tratamento à base de seminários teológicos, conselhos, exortação, admoestações e recomendações.
    
b)                 No tratamento dos estados mórbidos causados: pelo amor ao dinheiro (teologia da prosperidade); pelas heresias da teologia relacional e do teísmo aberto.

O “Kibernetes”, nestes casos, é um suplemento espiritual com ação coadjuvante no tratamento de apóstolos, bispos e  pastores, cognominados como ”vendilhões do templo” que, publicamente, mercadejam a fé dos incautos (Ec 5:10) e dos que questionam a soberania, a onisciência e a imutabilidade do nosso Deus.

Reações (não adversas)

Este medicamento deve ser usado também por líderes dotadas das qualificações para o exercício da influência, possuidores do “dom de governos”. O uso do medicamento irá reforçar o seu DNA espiritual e sua eficácia irá produzir líderes/seguidores também eficazes. O sucesso terreno virá em seguida ao reconhecimento da importância espiritual da liderança orientada, primeiramente, para a busca às coisas do alto, valendo-se do poder pessoal com autoridade legítima (1Co 12:28), (Mt 6:32,33).
A medicação irá capacitá-los a ver o mundo por uma ótica diferente e a reagirem naturalmente a toda e qualquer circunstância contrária (adversidades, tribulações) aos seus mais lídimos interesses.

Efeitos colaterais

As pessoas que possuem um alto potencial, mas apresentam um baixo desempenho, o “Kibernetes” pode levá-las a um futuro aproveitamento.
Líderes de alto potencial e que apresentam também um alto desempenho; que crêem em Deus; que têm fé e sabem que não há limite nem mesmo para o pensamento, têm no uso permanente do “Kibernetes” a alavanca para a eficácia e o deleite de um futuro feliz na presença do Senhor (Gn 15:1), (Mt 5:3-11).

Posologia

É essencial usar o “Kibernetes” sob a forma de liderança servidora/transformacional, cuja ação de educar, servir e encorajar conduz pessoas e equipes à plena conscientização de uma visão, dos objetivos traçados e à total coesão e integração do grupo (unidade).
É esperado um possível empoderamento (liberação de poder), a partir de altos níveis de motivação; de envolvimento; de comprometimento e de participação voluntária dos liderados (Jo 17:23), (Ef 4:12), (1Co 10:17), (1Co 1:10), (2Co 13:11), (1Pe 3:8), (Mt 28:18-20).

Super dosagem

A ação do desenvolvedor de Capacidades do produto na gestão de pessoas é algo muito específico. Não há referências sobre a ocorrência de problemas particulares após super dosagem. É muito grande a possibilidade de que ela venha a ser benéfica para muitos líderes/pacientes.

Interação Medicamentosa

A ação garantidora do comprometimento, da participação voluntária, da co-responsabilidade e contribuição criativa dos liderados, será mais rápida e facilmente alcançada se o líder/paciente associar o uso regular do “Kibernetes”, aos conceitos de amor e espiritualidade; às boas práticas de servir e sacrificar-se para ajudar ao próximo (altruísmo), pois estes são componentes básicos da fórmula da Liderança Servidora Transformacional (Fl 1-25).

Recomenda-se, antes de iniciar o tratamento, que o líder/paciente defina o perfil e o nível de desenvolvimento ou grau de maturidade dos seus liderados, com vistas a dinamizar o seu potencial e avaliar desempenhos, objetivando a formação de seguidores/substitutos e o suprimento das necessidades de encarreiramento (1Co 3:1-3).

Ações terapêuticas do “Kibernetes”:

“Caminhar, caminhar sempre à frente de todos; como piloto, ser também mecânico, telegrafista, navegador; ficar de pé, quando os outros se sentam; sorrir, quando cerram os dentes; dar de beber, quando têm sede (Jo 7:37) e um coração quando lhes falta um (Jr 32:39). Carregar o cansaço dos fracos (Mt 11:28); Iluminar os que se acham em trevas (Jo 1:5). Esperar por sete (Js 6:15/16); querer por dez (Gn 18:32/33) e, em secreto em seu quarto, orar por eles ao Pai Eterno que tudo vê em secreto, para que todos sejam abençoados (Mt 6:6)”.

Farmacêutico responsável:  Dr. Alberto Couto Filho
Doação sem prescrição médica
Laboratório: Comunidade Evangélica Fonte das Águas Vivas – Jacarepagua/Rio de Janeiro
Indústria Evangélica Brasileira
 FONTE - http://albertocoutofilho.blogspot.com/2011_12_01_archive.html

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os tomates...

Recordo minha adolescência quando saia de férias da escola, e nesse período buscava arrumar um emprego temporário para ganhar alguns trocados. Em uma das vezes fui trabalhar em uma fazenda de produção de tomates. Os trabalhos eram pesados, mas eu gostava porque aquilo me fazia sentira adulto. Durante todo o processo de produção, algumas atividades não eram tão pesadas, mas de uma extrema responsabilidade. Uma delas eu lembro bem, que era o processo de expedição, que consistia em selecionar os tomates em tamanhos, cores, maduros e verdes.

Essa atividade era a ultima antes da entrega do produto. Mas a que iria garantir o sucesso de toda produção daquela safra. Os clientes eram muitos, e às vezes repetiam os compradores, se ficassem satisfeitos com o lote comprado anteriormente.

Mas existia um grande problema, que vi muitas vezes ocorrer. Devida a uma expedição mal feita, com alguns tomates estragados, e outros até podres, quando chegava a carga para o cliente e encontrava o lote com alguns tomates nessas condições, a carga toda era devolvida, generalizada como irregular. Essa carga voltava para o produtor, e chegando até a fazenda era descartada como lixo. O responsável pela produção ficava revoltado, não somente pelo prejuízo, mas também pela perda do cliente no qual a sua imagem de produtor seria desmoralizada, por apenas alguns tomates podres.

Quem possui um coração missionário, e sente prazer em falar do amor de Cristo, sabe muito bem as dificuldades que encontramos para falar de seu amor. A igreja perseguida nos países fechados, onde sofrem pela perseguição religiosa, causada pela intolerância, comunismo, cultura local, ditadura político-religiosa e outras mais que ferem a igreja de Cristo pelo mundo. Aqui em território brasileiro não sofremos essa repressão, quanto à obra missionária. Mas a nossa maior dificuldade hoje, seria o preconceito a nossa imagem de cristãos evangélicos, pelos péssimos exemplos de conduta, deixado por alguns supostos crentes.

Esses supostos crentes, que mais distorcem a imagem de Cristo e a igreja, expõem de forma vergonhosa um evangelho que Jesus nunca pregou, e na maioria das vezes repugnou. Ao invés de pregar a salvação, arrependimento, arrebatamento, mudança de vida e outros fundamentos da mensagem cristã, anunciam um Cristo materialista que nunca existiu, um Cristo que quer você sem transformação e libertação nenhuma, um Cristo que leva a vida de qualquer jeito, independente das consequencias.

Esses tomates podres no meio do evangelho acabam dificultando o crescimento verdadeiro da igreja, criando uma imagem distorcida do reino de Cristo. Quando fui pela primeira vez evangelizar um amigo advogado, ainda com poucas palavras dirigidas a ele, começou a rebater com palavras como; “não quero comprar terreno no céu”. Isso devido aos escândalos e imagens criadas pelos teólogos da prosperidade. Também tem caso daquela ex-dançarina Carla Peres, que sempre está na mídia em trajes nada decente, e às vezes comentando em programas de TV sobre assuntos nada convenientes. Também o caso recente do jogador Felipe Melo da seleção brasileira, que por várias vezes declarou uma pessoa diferente, calma, de autocontrole e que não se envolvia em casos de discussão mais em campo, decepcionou uma nação inteira com uma atitude antidesportiva, ao agredir o jogador holandês Robbin.

Todos estão sujeitos a falha. A frase dita por Jesus aos acusadores da mulher adúltera se tornou um ditado de justificativa. Mas convém a nós cristãos sermos vigilantes, para que nossas atitudes, não venham envergonhar e macular o evangelho de nosso Senhor. Os tomates podres sempre existirão. Mas convém aos cristãos lúcidos e ouvintes da voz do Senhor, não se render a podridão.

Luciano Vieira

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Aprendendo com o silêncio de Deus

Na jornada da vida cristã, sabemos que sempre vamos enfrentar obstáculos, dificuldades, provações, tentações e outras mais que acabam contribuindo para o nosso próprio crescimento (Jo 16:33).

Como todo cristão verdadeiro – não de nome ou hereditariedade – sabe que os problemas dessa vida, sempre serão superados na pessoa de Jesus Cristo, mesmo que eles pareçam invencíveis.

Quando olhamos para a vida de Jó, além das suas qualidades como cidadão e homem de Deus (Jó 1:1,8), também encontramos nele, um exemplo louvável de convicção, fé e esperança (Jó 13:15) . Jó transmite uma personalidade caracterizada pelo ser, não pelo ter (Jó 2:10). Ele perde seus bens, ainda mantém sua convicção. Perde seus filhos, e ainda permanece fiel. Jó perde a sua própria saúde, mas guarda esperança. Jó sofreu um grande impacto ao ver que já não podia mais contar com sua esposa, mas mesmo assim a sua fé não é abalada (Jó 1:21).

A história de Jó ao ser lida com espiritualidade e fé, nos traz esperança e motivação para vencer qualquer peleja da vida. Mas se olharmos bem a fundo no livro, veremos que Jó enfrentou um dos maiores dilemas das aflições da vida. O silêncio de Deus (Jó 31:35).

Quantos já não passaram por esse momento angustiante? Adversidades, problemas um atrás do outro, tudo dando errado, e quando pedimos uma resposta do céu, ela não vem. Parece que estamos sozinhos, achamos que Deus não se importa conosco, e não sabemos como agir diante de tudo isso. Neste momento enfrentamos o silêncio de Deus em nossa vida.
Como na vida de Jó e também em nossas vidas, o silêncio de Deus permite que nos tornemos melhores do que antes da dificuldade. Pessoas mais maduras, mais crentes, com um testemunho de experiência em Deus, como descreveu Jó (42:3-5).

O silêncio de Deus em nossas vidas, também traz experiências que nos servem como exemplos, para entendemos a posição do nosso Deus, quando ficamos em silêncio, não falando com Ele e nem o ouvindo. Muitos definem oração como central de atendimento ao consumidor, buscando falar com Deus – ou melhor, falar para Deus – sobre suas necessidades, anseios, dúvidas, expectativas e qualquer outra coisa proveniente do seu ego. Muitos não veem oração como diálogo com o Todo Poderoso. Apenas lançam suas ansiedades sobre Ele, mas não tem um só minuto de diálogo para ouvi-lo. Mas ainda existem alguns piores, que há muito tempo silenciaram com Deus, já não falam com Ele mais, dizem ser a imagem do Criador, mas esse Criador já não ouve a voz da sua criatura a um bom tempo.

Se você, como Jó, já experimentou o silêncio de Deus em sua vida, e soube quão terrível é essa solidão. Não de as costas para o seu Criador, silenciando com ele. Pois ele quando se cala, é porque está trabalhando pela sua vida, e não por rejeição a você. Faça da oração, o momento mais agradável do seu ser. Chore, silencie por alguns minutos e ouça o que Ele tem a dizer, desabafe, faça sua lamentação, reclame, peça, e nunca de deixe de adorá-lo.
O mais importante de tudo isso. Nunca fique em silêncio para Deus. Ele quer sempre ouvir sua voz.

Luciano Vieira

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Igrejas “avivadas”, com crentes famintos

“Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR”. (Am 8.11). Dias atrás conversava com um jovem obreiro, onde ele falava da sede e fome da palavra de Deus em que ele estava. Isso se dava devido ao rumo em que sua igreja havia tomado, em priorizar cultos com supostas manifestações pentecostais. Essa igreja tem uma escola dominical magra, com pouquíssimos irmãos participando. Nos cultos tem se pregado pouco sobre o conteúdo transformador do evangelho, substituído por mensagens antropocêntricas e de manifestações “pentecostais”.

Confesso que está cada vez mais difícil de encontrar cultos racionais a Deus. Confesso que estou com fastio de alguns cultos celebrados, onde Deus deixou de ser o reverenciado, sua palavra deixou de ser regra de fé, e os movimentos e cantorias se tornaram prioridades. Sei que ainda existem igrejas e dirigentes compromissados com a palavra genuína e transformadora do evangelho, mas existe uma multidão faminta por comida solida como o jovem que desabafava comigo. Na congregação desse jovem, os cultos costumam lotar quando tem “pregadores usados em dons”, ou que costumam chamar o povo a gastar um bom tempo da pregação, com o falar em línguas estranhas, ou com mensagens repetitivas como; “ Sinta o poder de Deus! Sinta a glória de Deus aiiiiii! Vai dando glória!”
E para ajudar, quando fiquei sabendo que em um culto que iria, estaria pregando uma pessoa que se destacava com os “dons espirituais”, preferi ficar em casa e acompanhar um culto pela internet. Confesso que foi pior que estivesse ao culto. Tentei acompanhar dois cultos, mas foram decepcionantes. Em um, o mesmo que dirigiu; ministrou o louvor e pregou um pequeno tempo de mensagem (sem contar que ele conseguiu arrumar tempo para os “olhe para seu irmão do lado”). No outro, o culto se tornou somente em cantorias, ficando apenas quinze minutos para uma mensagem.

Às vezes temo estar se tornando uma pessoa radical, e um critico exagerado. Mas vejo que o que transforma o homem, está sendo substituído por misticismos supostamente espirituais. Certamente o versículo de 11 de Amós 8, tem muito em comum com os dias que estamos vivendo em nosso meio, onde a fome e a sede por ouvir as mensagens transformadoras de Deus, através de sua palavra. É a triste realidade de muitos famintos espirituais.
“Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos falei (João 15:3).”

Luciano E. Vieira